hega aos cinemas no dia 5 de setembro o filme “O Corpo é Nosso!”, dirigido por Theresa Jessouroun e produzido pela Kinofilmes. Este é o segundo lançamento do programa O2 Play Docs, da distribuidora O2 Play, ocupando salas de cinema em 17 cidades brasileiras com sessões em horário nobre. Assista ao trailer:
Para a diretora, o filme será lançado em um momento fundamental para a discussão sobre a mulher na sociedade brasileira. “Os movimentos feministas estão ganhando força e fazendo conquistas. As mulheres estão ganhando voz e espaço. Não só as mulheres, mas todos os que sempre foram segregados: negros, periféricos e LGBTQs. É importante que todos reflitam juntos sobre as reivindicações das mulheres e também sobre opressão de gênero, classe e raça entranhados na nossa sociedade”, avalia.
O filme venceu na categoria Melhor Edição de Som o Cine PE 2019 e também foi exibido na Mostra Competitiva do Festival Internacional Porto Femme, em Portugal, e do Durban Int’l Film Festival, na África do Sul.
Dois anos e meio de pesquisas
Acostumada a se aprofundar sobre o tema a ser documentado, a diretora explica que “O Corpo é Nosso!” consumiu dois anos e meio entre pesquisa, captação de recursos, produção e finalização. “Nos demos conta de quão amplo é este tema, deixando de fora questões muito importantes e interessantes e que dispõem de muito material de arquivo, e que podem dar origem a um segundo documentário ou a uma série”, adianta a Theresa.
O filme também traz cenas de ficção. “Elas foram criadas para mostrar a reflexão que os documentários – e este em particular – podem provocar, num exercício de metalinguagem: o personagem do jornalista, ao assistir minhas entrevistas e o material de arquivo deste filme, faz uma auto-reflexão sobre seu próprio comportamento e sobre os preconceitos de classe e raça entranhados na sua família e na nossa sociedade”, comenta a diretora que também dirigiu os documentários “À Queima Roupa”, “Dois Mundos” e “Samba”.
Sinopse
“O Corpo é Nosso!” é um documentário sobre a trajetória da liberação do corpo da mulher brasileira. Utilizando-se do conceito “docficção”, incorpora o drama do jornalista Marcos que, na sua pesquisa, faz uma descoberta impactante sobre seu passado. Ao assistir as entrevistas e o material deste filme, em um exercício de metalinguagem, ele faz uma autorreflexão sobre o racismo e o machismo impregnados nele e na sociedade. O filme mescla entrevistas, cenas ficcionais e imagens de arquivo que ilustram os fatores que contribuíram para esta liberação e propõe uma discussão sobre o feminismo através da desconstrução do masculino.
Deixe uma resposta