Uma peça de teatro é uma forma literária normalmente constituída de diálogos entre personagens e destinada a ser encenada – não apenas lida. As peças teatrais, tais como as que conhecemos no mundo ocidental, surgiram na Grécia Antiga, através das mãos de grandes teatrólogos, como Ésquilo, Sófocles, Eurípedes e Aristófanes.
Gênero teatral é uma definição sempre questionável. Como toda generalização, sempre tenderá a negligenciar particularidades de cada obra individual e, como toda definição, ela será sempre marcada por questões e pontos de vista culturais inerentes a cada época.
René Wellek e Austin Warren, em sua obra Teoria da Literatura, distinguem duas definições sobre o gênero: a do pensamento clássico e a do pensamento moderno:
A teoria clássica, de caráter normativo e prescritivo, se importava em quanto cada gênero diferia do outro, quanto a natureza e ao prestígio e considerava que os gêneros “deveriam ser mantidos separados”. Esta se preocupava em procurar essências de cada um e discriminar diferenças.
A teoria moderna, por outro lado, de natureza descritiva e pragmática, não limita o número de espécies e nem se preocupa com regras definidoras de cada um, admitindo misturas e o surgimento de novas espécies, assim como o hibridismo entre ambas. A teoria moderna se preocupa mais em buscar pontos de intersecção ou pontos em comum entre o(s) gênero(s).
Gêneros teatrais
- Auto
- Comédia
- Drama
- Farsa
- Melodrama
- Melodrama no teatro
- Ópera
- Musical
- Revista
- Stand-up comedy
- [[Surrealista
- Tragédia
- Tragicomédia
- Teatro na escola
- Teatro de feira
- Teatro de improvisação
- Teatro invisível
- Teatro de fantoches
- Teatro de sombras
- Teatro lambe-lambe
Teatro, do grego θέατρον (théatron), é uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades para o público em um determinado lugar. Com o auxílio de dramaturgos ou de situações improvisadas, de diretores e técnicos, o espetáculo tem como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público. Também denomina-se teatro o edifício onde se desenvolve esta forma de arte, podendo também ser local de apresentações para a dança, recitais, etc.
O termo teatro e seus significados
Segundo a Enciclopédia Britânica (ou Encyclopædia Britannica), a palavra teatro deriva do grego theaomai[1] (θεάομαι) – olhar com atenção, perceber, contemplar (1990, vol. 28:515). Theaomai não significa ver no sentido comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente, meditativa, inquiridora, a fim de descobrir o significado mais profundo; uma cuidadosa e deliberada visão que interpreta seu objeto (Theological Dictionary of the New Testament vol.5:pg.315,706)
O teatro, mais do que ser um local público onde se vê, é o lugar condensado da vivência das ambiguidades e paradoxos, onde as coisas são tomadas em mais de uma forma ou sentido. Robson Camargo assim o define (2005:1):
“ | O vocábulo grego Théatron (θέατρον) estabelece o lugar físico do espectador, “lugar onde se vai para ver” e onde, simultaneamente, acontece o drama como seu complemento visto, real e imaginário. Assim, o representado no palco é imaginado de outras formas pela plateia. Toda reflexão que tenha o drama como objeto precisa se apoiar numa tríade teatral: quem vê, o que se vê, e o imaginado. O teatro é um fenômeno que existe nos espaços do presente e do imaginário, nos tempos individuais e coletivos que se formam neste espaço” (“O Espetáculo do Melodrama”). | ” |
Jaco Guinsburg por sua vez, descreve a expressão cênica como formada por uma “tríade básica – atuante, texto e público”, sem a qual o teatro não teria existência (1980:5). Atuantes não são apenas os atores, podendo ser objetos (como no teatro de bonecos) ou outras formas ou funções atuantes (animais ou coisas); o texto, por outro lado, não é apenas o texto escrito ou o falado no palco, pois o teatro não é uma arte literária ou, como afirma Marco de Marinis (1982), no teatro há um texto espetacular. Greimas em seu estudo da narratologia usa o termo actante em vez de atuante, para definir este primeiro elemento que desenvolve a narração (Greimas, A. J. y Courtes, J., 1990). (Actante em: Semiótica. Diccionario razonado de la teoría del lenguaje. Madrid: Gredos).
Aristóteles e a importância do espetáculo na Tragédia
“ | Aristóteles, ao final de sua Poética, escrita entre 335 e 323 AC, aponta que a tragédia pode ser lida, e, mesmo assim, sem ter o movimento da cena (gestos, etc), sem ser apresentada ao vivo, terá seu efeito sobre o leitor, igualando-se assim a Epopeia na forma lida. Entretanto, por possuir componentes extras, a música e o espetáculo, a Tragédia, segundo Aristóteles, torna-se superior a Epopeia, pois contém “todos os elementos da epopeia” e, além disso, contém o que não é pouco, a melopeia (música) e o espetáculo cênico. Ambos acrescem a intensidade dos prazeres e são próprios da tragédia. (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462a,p. 268.). O teatro também, ainda segundo Aristóteles, além da vantagem de “ter evidência representativa quer na leitura, quer na cena”, possui poder de síntese, pois nele “resulta mais grato o condensado que o difuso por largo tempo” (trad. Eudoro de Souza, Os Pensadores, 1462b,p. 269.) | ” |
Natya Shastra – (Nātyaśāstra नाट्य शास्त्र), junto com a Poética de Aristóteles, é um dos mais antigos textos sobre o teatro, o trabalho do ator, a produção de espetáculo e a dramaturgia clássica da Índia. Seus escritos descrevem a dança e a música clássica da Índia, que são partes fundantes do teatro nesta cultura. Foi escrito provavelmente entre os séculos 200 antes de Cristo e 200 da era cristã. Bharatamuni seria o autor do tratado, Bharata, significa ‘ator’, Bharatamuni pode ser traduzido como o sábio Bharata ou o ator sábio (Mota, 2006)
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