Museu Casa de Portinari promove live em homenagem à cultura negra

Museu Casa de Portinari promove live em homenagem à cultura negra
Divulgação

Dentre as datas comemorativas e de reflexão do calendário, uma das mais importantes será nesta sexta-feira (20): o Dia Nacional da Consciência Negra. Para homenagear e refletir sobre as premissas da celebração, o Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari, promove, às 12h, uma live com a artista Con Silva para homenagear à cultura negra.

Instrutora de artes, jurada de Carnaval e ativista do Movimento Negro, Con já ministrou palestras em instituições públicas e privadas abordando diversos temas da cultura afro nacional. Na live, ela falará sobre a cultura e a negritude brasileira.

Na programação semanal sobre a cultura negra ainda será possível conferir o vídeo sobre o projeto de história oral do equipamento, o Poéticas da Memória. Entre os participantes estão pessoas que fizeram parte do convívio da família Portinari e de seu mais ilustre membro, moradores de Brodowski que guardam memórias da formação da cidade, seus costumes, tradições, problemas sociais, fauna, flora entre outros.

“Esse é um projeto que o Museu Casa de Portinari realiza há mais de 20 anos. É uma ferramenta importante para captação, salvaguarda e difusão desse acervo histórico”, explica Cristiane Patrici, gerente do equipamento.

Vale dizer que o museu é a antiga residência de Candidado Portinari, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, representa a forte ligação do artista com sua terra natal, origens e laços familiares. É o local onde ele realizou suas experiências com pinturas murais e se aprofundou na técnica ao passar dos anos.

Devido às várias obras em pintura mural nas paredes da casa e em uma capela nos jardins da residência, a preservação do conjunto tornou-se imprescindível. O primeiro passo ocorreu em 9 de dezembro de 1968, quando a casa foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). No ano seguinte, o imóvel foi desapropriado e adquirido pelo Governo do Estado de São Paulo e, em 22 de janeiro de 1970, foi tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo). Com esforços da família do artista, do município e do Estado, o museu foi instalado e inaugurado em 14 de março de 1970. O complexo é constituído por uma casa principal, e anexos construídos em sucessivas ampliações. A simplicidade típica do interior é a maior característica do museu.

Sobre Victor Miller 75 Artigos
Jornalista formado pela PUC do Rio de Janeiro

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