Vamos começar 2018?! O Bloco Tome Conta de Mim vai tomar conta do Rio de Janeiro mais uma vez este sábado, 20 de janeiro, às 17h na Praça Marechal Âncora. O axé, estandarte musical do bloco, continuará presente nesta edição e será acompanhado com os instrumentistas Marcelo Cebukin, Tatyane Meyer e Santiago. No som, DJ Douglas Silva (SP) com a EletroAfroBikeBananoBike e os mashups do Rapha Bertazi.
Nesta edição uma novidade: o Bloco Paná Paná foi convidado para abrir e encerrar ao evento com “club culture”. Camões e Lucas Alves comandam o swing com disco, R&B e funk. O Bloco Tome Conta de Mim acontece às 17h do próximo sábado, dia 20, na Praça Marechal Âncora (centro do Rio de Janeiro).
Serviço:
Bloco Tome Conta de Mim
Sábado, 20 de janeiro a partir das 17h
Praça Marechal Âncora, Centro – Rio de Janeiro
Entrada gratuita
http://instagram.com/blocotomecontademim
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1585135641566430/
https://naoegayse.com/2017/06/30/fotos-arraia-do-bloco-tome-conta-de-mim/
No Brasil, bloco carnavalesco é um termo genérico usado para definir diversos tipos de manifestações carnavalescas populares. Designa um conjunto de pessoas que desfilam no Carnaval, de forma semi-organizada, muitas vezes trajando uma mesma fantasia. Geralmente constituem uma agremiação.
Ao longo do tempo, diversos grupos carnavalescos já foram genericamente chamados de blocos, havendo atualmente blocos que são mais parecidos com escolas de samba, outros mais parecidos com os antigos cordões, e outros de diversos tipos.
O termo é análogo a “comparsa” em espanhol, sendo que na Argentina as escolas de samba também são entendidas como um dos tipos de comparsas.
Em 2012, surgiu uma intensa rivalidade entre dois ditos “superblocos” do país: O Cordão da Bola Preta, do Rio; e o Galo da Madrugada, de Recife. A questão envolve o tamanho dos blocos e uma disputa controversa. De um lado, os organizadores e admiradores do bloco pernambucano afirmam ser, este, o “maior bloco de carnaval do mundo”, por ter entrado para o Guinness World Records em 1995. Do outro, os organizadores do bloco carioca afirmam que o Cordão da Bola Preta supera o Galo da Madrugada em tamanho, embora as estimativas de público do bloco carioca ainda não tenham figurado no Livro dos Records.
Desde meados do século XIX as ruas da cidade do Rio de Janeiro eram invadidas, nos dias de carnaval, por grupos de pessoas dispostas a se divertir.
Os primeiros registros de blocos licenciados pela polícia no Rio de Janeiro, data de 1889, Grupo Carnavalesco São Cristóvão, Bumba meu Boi, Estrela da Mocidade, Corações de Ouro, Recreio dos Inocentes, Um Grupo de Máscaras, Novo Clube Terpsícoro, Guarani,Piratas do Amor, Bondengó, Zé Pereira, Lanceiros, Guaranis da Cidade Nova, Prazer da Providência, Teimosos do Catete,Prazer do Livramento, Filhos de Satã e Crianças de Família (Rua Paulino Figueiredo).[carece de fontes]
Segundo Felipe Ferreira, em O livro de ouro do carnaval brasileiro (2005), no início do século XX não havia grandes distinções entre os vários tipos de brincadeiras que ocupavam a cidade e que podiam ser chamadas indistintamente de ranchos, cordões, grupos, sociedades ou blocos, entre outras denominações genéricas. De acordo com o autor, durante a década de 1920 a intelectualidade brasileira volta-se para as questões ligadas à identidade nacional destacando a importância da festa carnavalesca carioca que passa ser vista como uma espécie de “resumo” da diversidade cultural brasileira. Organizar a “confusão” carnavalesca passa a ser um dos objetivos da elite cultural que, com ajuda da imprensa, começa a definir as diferentes categorias da folia numa escala que iria das sofisticadas sociedades carnavalescas – ou grandes sociedades – até os temidos cordões.[3]
Dentro dessa nova organização, os grupos do carnaval chamado de popular (ou Pequeno Carnaval) podiam ser classificados como ranchos (considerados como mais sociáveis), blocos ou cordões (vistos como o carnaval descontrolado). Nelson da Nóbrega Fernandes afirma que os cordões cariocas sofreram um processo de “satanização”[4] daí passaram a denominar-se como blocos ou transformarem-se em ranchos.[4] no entanto, havia diferenças conceituais importantes entre ranchos e cordões, tendo o primeiro um cortejo mais focado no elemento teatral, com forte presença de instrumentos de sopro e no canto, enquanto os cordões davam ênfase à percussão e em geral não possuíam outros instrumentos musicais.
A classificação dos blocos situava-se, portanto, a meio caminho entre os louváveis ranchos e os frequentemente condenados cordões. Essa característica ambivalente faria dos blocos a inspiração para as os grupos de samba que buscariam a aceitação da sociedade no final da década de 1920 e que passariam a ser denominados de escolas de samba a partir da década de 1930.
A partir daí, em dado momento, a partir do crescimento das escolas de samba, a história dos blocos carnavalescos que utilizavam o samba como ritmo condutor passa a ser intimamente ligada à história dessas agremiações. O conceito de “bloco de enredo” surgiu no Rio de Janeiro, sem uma data precisa. Porém a Federação dos Blocos Carnavalescos do Estado do Rio de Janeiro data do ano de 1965, 13 anos após a criação da AESCRJ.
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