Uma semana – e contando. Remexendo em álbuns passados, encontramos este feliz momento registrado na primeira edição do Bloco, 26 de novembro de 2016.
Depoimento do fotógrafo, @felipepilotto: “Marielle sempre presente, ativista, fazia política limpa, transparente, ouvindo as vozes das ruas, das comunidades e da periferia. Lutava pelos direitos humanos; pelos menos favorecidos, esquecidos pelo sistema de corrupção triturador capitalista; pelos direitos das MULHERES; pelos direitos dos NEGROS; luta sim pelos ideias da comunidade LGBT; aberta ao diálogo, sempre era possível encontrar Marielle MULHER nas manifestações, passeatas, rodas, praças e até mesmo no carnaval. Político bom é aquele que está junto do povo, não aquele que se esconde nas sombras. MULHER. NEGRA. MÃE. FAVELADA. GAY.”
#AXÉ
Marielle Francisco da Silva (Rio de Janeiro, 27 de julho de 1979 – Rio de Janeiro, 14 de março de 2018), uma socióloga, feminista, militante dos direitos humanos e política brasileira. Elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro na eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Crítica da intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, denunciava constantemente abusos de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Nasceu no Complexo da Maré e se apresentava como “cria da Maré”.
Em 1990, aos 11 anos de idade, começou a trabalhar, usando o salário para ajudar a pagar os seus estudos. Posteriormente, também exerceu a função de educadora infantil em uma creche. Ainda na juventude, participou da equipe do Furacão 2000. Em 1998, Franco deu à luz sua primeira e única filha, Luyara. Naquele mesmo ano, matriculou-se na primeira turma de pré-vestibular comunitário oferecido no Complexo da Maré. Em 2000, começou a militar pelos direitos humanos, depois de uma de suas amigas ser atingida fatalmente por uma troca de tiros entre policiais e traficantes na Maré. Em 2002, ingressou na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), estudando Ciências Sociais com uma bolsa integral obtida pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Após se graduar em Ciências Sociais, concluiu um mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense, onde defendeu a dissertação intitulada “UPP – A redução da favela a três letras: uma análise da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro”. Franco identificava-se como parte da comunidade LGBT e, em 2017, mudou-se para o bairro carioca da Tijuca com sua companheira, Mônica Benício, e sua filha, Luyara. Franco e Benício iniciaram um relacionamento amoroso em meados dos anos 2000, e em 2018 haviam marcado o casamento para o ano seguinte.
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